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historia dos orixás

exu

Exu (orixá)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Exu
Exú
Orixá da comunicação e do movimento
Pais Oxalá e Iemanjá
Irmãos Ogum e Oxóssi
instrumento ogó (bastão com cabaças)
sincretismo Santo Antônio
 

Exu é um orixá africano, também conhecido como: EsuEshuBará, Ibarabo,LegbáElegbaraEleggua, Akésan, Igèlù, Yangí, Ònan, Lállú, Tiriri, Ijèlú. Algumas cidades onde se cultua o Exu são: OndoIlesaIjebuAbeokutaEkiti eLagos

História

Exu é o orixá da comunicação. É o guardião das aldeias, cidades, casas e do axé, das coisas que são feitas e do comportamento humano. A palavra Èșù, em iorubá, significa 'esfera', e, na verdade, Exu é o orixá do movimento. Ele é quem deve receber as oferendas em primeiro lugar a fim de assegurar que tudo corra bem e de garantir que sua função de mensageiro entre o Orun (o mundo espiritual) e o Aiye (o mundo material) seja plenamente realizada.

Na África na época da colonização europeia, o Exu foi sincretizado erroneamente com o diabo cristão pelos colonizadores, devido ao seu estilo irreverente, brincalhão e à forma como é representado no culto africano. Por ser provocador, indecente, astucioso e sensual, é comumente confundido com a figura de Satanás, o que é um equívoco, de acordo com a construção teológica iorubá, posto que não está em oposição a Deus, muito menos é considerado uma personificação do mal.

Mesmo porque, nessa religião, não existem diabos ou entidades encarregadas única e exclusivamente de coisas ruins, como ocorre no cristianismo, segundo o qual tudo o que acontece de errado é culpa de um único ser que foi expulso por Deus. Na mitologia ioruba, porém, assim como no candomblé, cada uma das entidades (Orixás) tem sua porção positiva e negativa assim como o próprio ser humano.

De caráter irascível, Exu se satisfaz em provocar disputas e trazer calamidades para as pessoas que estão em falta com ele. No entanto, como tudo no universo possui de um modo geral dois lados, positivo e negativo, Exu também funciona de forma positiva quando é bem tratado. Daí ser Exu considerado o mais humano dos orixás, pois o seu caráter lembra o do ser humano, que é, de um modo geral, mutante em suas ações e atitudes.

Conta-se na Nigéria que Exu teria sido um dos companheiros de Oduduà quando da sua chegada a Ifé e chamava-se Èsù Obasin. Mais tarde, tornou-se um dos assistentes de Orunmilá e ainda rei de Ketu, sob o nome de Èsù Alákétú. A palavraelegbara significa "aquele que é possuidor do poder" (agbará) e está ligada à figura de Exu.

Um dos cargos de Exu na Nigéria, mais precisamente em Oyó, é denominado Èsù Àkeró ou Àkesán, que significa "chefe de uma missão", pois este cargo tem como objetivo supervisionar as atividades do mercado do rei. Exu praticamente não possui ewós (ou quizilas) e aceita quase tudo o que lhe oferecem.

Os iorubás cultuam Exu em um pedaço de pedra porosa chamada Yangi, ou fazem um montículo grotescamente modelado na forma humana com olhos, nariz e boca feita de búzios. Ou ainda representam Exu em uma estatueta enfeitada com fileiras de búzios tendo em suas mãos pequeninas cabaças onde ele, Exu, carrega diversos pós de elementais da terra usados de forma bem precisa em seus trabalhos.

Exu tem a capacidade de ser o mais sutil e astuto de todos os orixás. E quando as pessoas estão em falta com ele, simplesmente provoca mal entendidos e discussões entre elas e prepara-lhes inúmeras armadilhas. Diz um orìkì que: "Exu é capaz de carregar o óleo que comprou no mercado numa simples peneira sem que este óleo se derrame".

E assim é Exu, o orixá que faz o erro virar acerto e o acerto virar erro. Èsù Alákétú possui essa denominação quando Exu, por meio de uma artimanha, conseguiu ser o rei da região, tornando-se um dos reis de Ketu. Sendo que as comunidades dessa nação no Brasil o reverenciam também com este nome. Todos os assentamentos de Exu possuem elementos ligados às suas atividades. Atividades múltiplas que o fazem estar em todos os lugares: a terra, pó, a poeira vinda dos lugares onde ele atuará. Ali estão depositados como elemento de força diante dos pedidos.

Brasil

Escultura de Exu na Praça dos Orixás, em Brasília, no Brasil

No Brasil, na umbanda, Exu é um dos mais importantes orixás e sempre é o primeiro a receber as oferendas, as cantigas e as rezas: é saudado antes de todos os orixás, antes de qualquer cerimônia ou evento. O Exu orixá não incorpora em ninguém para dar consultas como fazem os exus de umbanda, eles são assentados na entrada das casas de candomblé como guardiões, e em toda casa de candomblé há um quarto para Exu, sempre separado dos outros orixás, onde ficam todos os assentamentos dos exus da casa e dosfilhos de santo que tenham Exu assentado.

É astucioso, vaidoso, culto e dono de grande sabedoria, grande conhecedor da natureza humana e dos assuntos mundanos daí a assimilação com o diabo pelos primeiros missionários que, assustados, dele fizeram o símbolo da maldade e do ódio. Porém "... nem completamente mau, nem completamente bom ...", na visão de Pierre Verger no texto de sua autoria "Iniciação" - contido no documentário "Iconografia dos Deuses Africanos no Candomblé da Bahia", Exu reage favoravelmente quando tratado convenientemente, identificado no jogo do merindilogunpelo odu okaran.

Sacrifício para Exu nocandomblé do Ile Ase Ijino Ilu Orossi

Exu recebe diversos nomes, de acordo com a função que exerce ou com suas qualidades: Elegbá ou Elegbará, Bará ou Ibará, Alaketu, Agbô, Odara, Akessan, Lalu, Ijelu (aquele que rege o nascimento e o crescimento de tudo o que existe), Ibarabo, Yangi, Baraketu (guardião das porteiras), Lonan (guardião dos caminhos), Iná (reverenciado na cerimônia do padê).

segunda-feira é o dia da semana consagrado a Exu. Suas cores são o vermelho e opreto; seu símbolo é o ogó (bastão com cabaças que representa o falo); suas contas e cores são o preto e o vermelho; as oferendas são bodes e galos, pretos de preferência, e aguardente, acompanhado de comidas feitas no azeite de dendê. Aconselha-se nunca lhe oferecer certo tipo de azeite, o Adí, por ser extraído do caroço e não da polpa do dendê e portar a violência e a cólera. Sua saudação é "Larôye!" que significa o bem falante e comunicador.

Consiste o padê em um prato de farofa amarela, acaçá, azeite-de-dendê e uma quartinha de água ou cachaça, que são "arriados" para Exu.

Na nação de angola ou candomblé de Angola, Exu recebe o nome de AluvaiáPambu Njila e Legbá, no candomblé jeje.

Não deve ser confundido com a entidade Exu de Umbanda. Os exus de umbanda são entidades de pessoas desencarnadas que, por motivos de evolução espiritual, retornaram à terra para cumprir essa missão junto ao seus seguidores. Essas entidades são confundidas com esu ou exu do candomblé devido à proximidade que Exu tem com os homens. Entretanto, não são considerados orixás como o Exu, e sim entidades espirituais em evolução. Não se deve confundi-los com quiumbas - conhecedores das vontades de homens e mulheres no plano terrestre, onde viveram em épocas diferentes, com os mesmos problemas, desejos e sonhos.

Arquétipos

Seus filhos são sensuais, dominadores e inteligentes. Gostam da vida cercada de barulho, muitas pessoas e romances de todo tipo. Adoram festas e não se prendem a ninguém, são muito impulsivos. Mas se amam alguém, dão sua vida se for preciso, sem pensar em nada. Gostam de ajudar e trabalhar, mas podem se tornar vingativos e extremamente cruéis.

Algumas Considerações

1 "Sobre o Òrìṣà Èṣù, além de suas atribuições mais conhecidas, embrenhamo-nos em uma de suas mais complexas e poderosas qualidades – como O Guardião do Àṣẹ – que, recebendo a réplica desta força neutra de Olódùmarè (Fálàdé, 1998, p. 494)2 , coloca-a à disposição de todos, seja para os homens ou para os Òrìṣà, confirmando que Èṣù de mal ...., nada tem ...,mas ao contrário, apenas age com justiça.

Suas ações para com os seres humanos são altamente benéficas, auxiliadoras e produtivas para aqueles que fazem uso adequado de seu livre-arbítrio e que, com retidão, se portam de maneira condigna para com os princípios e padrões morais e religiosos, seja em relação a si mesmo, seja em relação ao meio ambiente em que vive.

Recordando uma frase citada: "(...) Isto acontece por que algumas pessoas erroneamente possuem a convicção que Eṣu é o opositor Satanás (Fálàdé, 1998, p. 493)3 " e que, além disso, o que faz com que os sacerdotes sejam bons ou maus não é o simples fato de administrar o àṣẹ, e sim a forma que deliberadamente usam este àṣẹ, podemos dizer que isto é uma questão humana de caráter, e nada tem haver com o poder divino do Àṣẹ. O que podemos dizer de Èṣù, que recebeu e administra a cópia do próprio Àṣẹ de OlódùmarèÈṣù é igualmente neutro como o próprio Àṣẹ, por isso é o guardião doÀṣẹ.

Como Òdàrà, ele recebe, como Ẹlégbára, faz acontecer, e como Òjíṣé. conduz o retorno. Tudo isso é "Èṣù – Olódùmarèassim determinou." (Abimbola, 1975, p. 3)4 Será que ele é tão terrível e mau quanto querem dele fazer? Como ele pode ser tão temível se é tão neutro como o Àṣẹ? Quando narramos o Odù Iwori-Ofun (Bascom, 1969, pp. 310-311)5 , vimos que simplesmente Èṣù cumpriu seus desígnios de forma imparcial.

As explanações aqui realizada efetivamente enalteceram Èṣù, porém, cabe tecer algumas considerações sobre a absurda questão, mesmo por sincretismo, de que o Òrìṣà Èṣù seja o diabo das religiões cristãs e/ou o mal absoluto tratado pelas religiões ocidentais, que diferem totalmente dos conceitos da religião dos Òrìṣà (Òrìṣàísmo) (Barretti Fº, 2010)6 , praticada na chamada Yorubaland e nas descendentes da diáspora.

Que fique registrado que a religião dos Òrìṣà, praticada em qualquer parte do mundo, independentemente do nome regional adotado, respeita, mas não reconhece a Bíblia como uma de suas diretrizes sagradas, tampouco o Alcorão e a Torá. Para os Òrìṣàístas, tratam-se apenas de livros religiosos, assim como tantos outros.

Òrìṣàímo oriundo da tradição oral, portanto ágrafa, apesar de já contar com muitos escritos, reconhece apenas a "oralidade" dos Ìtàn-Odù, os Ìtán-Mimó Òòṣà (histórias sagradas dos Òrìṣà) como o único "livro ou fala sagrada" a serem adotadas e que também reconhece os ditames do corpo "literário" do oráculo de Ifá, os Odù Ifá, cujo governo pertence à divindade Òrúnmìlà, portador de imensa sabedoria e conhecido como “Ibìkejì Olódùmarè – a segunda pessoa deOlódùmarè”.

Conceitos religiosos europeus e asiáticos não faziam parte das tradições yorùbá antes das colonizações, nem das religiões dela descendentes na diáspora, tampouco antes dos senhores de escravos imporem aos africanos o catolicismo, entre outras religiões.
As formas deturpadas, aculturadas e sincréticas que impuseram e continuam a se impor à religião, nos dias de hoje, foram e ainda o são, os maus frutos decorrentes do processo da escravatura nas Américas e das colonizações europeias impostas a povos africanos. 

Conceitos cristãos como os de alma, céu, inferno e purgatório encontraram terreno fértil para se propagar nas já contaminadas tradições yorùbá e de suas descendentes, seja por missionários, seja por agentes governamentais e seja por autores pertencentes a outras culturas e/ou crenças que registraram as tradições, os costumes e religião dos yorùbá, escritos e interpretados pela ótica do colonizador e/ou opressor. E o pior, os registros decorrentes dessas interpretações (que até hoje continuam) criaram "falsas" tradições, que se tornaram "verdades literárias inquestionáveis" e vitimam a religião yorùbá até hoje.

Um fato muito importante e que deveria ser totalmente condenável é que sempre que se estuda ou se faz pesquisa no campo das religiões comparadas, os parâmetros e os referenciais são sempre os do cristianismoislamismo e outras religiões aplicados à religião tradicional dos yorùbá. A recíproca, infelizmente, nunca é verdadeira, pois, se assim o fosse, teríamos inúmeras e novas variáveis a serem avaliadas, para o bem da religião tradicional yorùbá e de suas descendentes.

 

História DE OGUM

ogum

A Ira de Ogum

LENDA 1
 
Ogum decidiu, depois de numerosos anos ausente de Irê, voltar para visitar seu filho (informação pessoal do Oníìré em 1952). Infelizmente, as pessoas da cidade celebravam, no dia da sua chegada, uma cerimônia em que os participantes não podiam falar sob nenhum pretexto. Ogum tinha fome e sede; viu vários potes de vinho de palma, mas ignorava que estivessem vazios. Ninguém o havia saudado ou respondido às suas perguntas. Ele não era reconhecido no local por ter ficado ausente durante muito tempo. 

Ogum, cuja paciência é pequena, enfureceu-se com o silêncio geral, por ele considerado ofensivo. Começou a quebrar com golpes de sabre os potes e, logo depois, sem poder se conter, passou a cortar as cabeças das pessoas mais próximas, até que seu filho apareceu, oferecendo-lhe as suas comidas prediletas, como cães e caramujos, feijão regado com azeite-de-dendê e potes de vinho de palma. Enquanto saciava a sua fome e a sua sede, os habitantes de Irê cantavam louvores onde não faltava a menção a Ògúnjajá, que vem da frase ògún je ajá (Ogum come cachorro), o que lhe valeu o nome de ògúnjá. 

Satisfeito e acalmado, Ogum lamentou seus atos de violência e declarou que já vivera bastante. Baixou a ponta de seu sabre em direção ao chão e desapareceu pela terra adentro com uma barulheira assustadora. Antes de desaparecer, entretanto, ele pronunciou algumas palavras. A essas palavras, ditas durante uma batalha, Ogum aparece imediatamente em socorro daquele que o evocou.
OGUM — Orixá das Guerras e da Tecnologia !!!
 
Lenda 2
 
OUTRA VERSÃO PARA ESTA LENDA
 
Ogum lutava sem cessar contra os reinos vizinhos. Ele trazia sempre um rico espólio em suas expedições, além de numerosos escravos. Todos estes bens conquistados, ele entregava a Odúduá, seu pai, rei de Ifé.
 
Ogum continuou suas guerras. Durante uma delas, ele tomou Irê. Antigamente, esta cidade era formada por sete aldeias. Por isto chamam-no, ainda hoje, Ogum mejejê lodê Irê - "Ogum das sete partes de Irê".
 
Ogum matou o rei, Onirê e o substituiu pelo próprio filho, conservando para si o título de Rei. Ele é saudado como Ogum Onirê! - "Ogum Rei de Irê!"
 
Entretanto, ele foi autorizado a usar apenas uma pequena coroa, "akorô". Daí ser chamado, também, de Ogum Alakorô - "Ogum dono da pequena coroa".
 
Após instalar seu filho no trono de Irê, Ogum voltou a guerrear por muitos anos. Quando voltou a Irê, após longa ausência, ele não reconheceu o lugar. Por infelicidade, no dia de sua chegada, celebrava-se uma cerimônia, na qual todo mundo devia guardar silêncio completo. Ogum tinha fome e sede.
 
Ele viu as jarras de vinho de palma, mas não sabia que elas estavam vazias. O silêncio geral pareceu-lhe sinal de desprezo. Ogum, cuja paciência é curta, encolerizou-se. Quebrou as jarras com golpes de espada e cortou a cabeça das pessoas. A cerimônia tendo acabado, apareceu, finalmente, o filho de Ogum e ofereceu-lhe seus pratos prediletos: caracóis e feijão, regados com dendê, tudo acompanhado de muito vinho de palma.
 
Ogum, arrependido e calmo, lamentou seus atos de violência, e disse que já vivera bastante, que viera agora o tempo de repousar. Ele baixou, então, sua espada e desapareceu sob a terra. Ogum tornara-se um Orixá.
 
OGUM - Lenda 3
 
Oyá vivia com Ogum antes de ser mulher de Xangô. Ela ajudava Ogum no seu trabalho, carregava seus instrumentos, manejava o fole para ativar o fogo da forja. Um dia Ogum deu a Oyá uma vara de ferro igual a que lhe pertencia que tinha o poder de dividir os homens em sete partes e as mulheres em nove partes, caso estas as tocassem em uma briga.
 
Xangô gostava de sentar-se perto da forja para apreciar Ogum bater o ferro, e sempre lançava olhares a Oyá; ela por sua vez, também lançava olhares a Xangô.
 
Xangô era muito elegante, seus cabelos eram trançados, usava brincos, colares e pulseira. Sua imponência e seu poder impressionaram Oyá. Um dia Oyá e Xangô fugiram e Ogum lançou-se em perseguição deles. Encontrando os fugitivos, brandiu sua vara mágica, Oyá fez o mesmo e eles se tocaram ao mesmo tempo. E assim que Ogum foi dividido em sete partes e Oyá em nove partes, recebeu ele o nome de Ogum Mejé e ela o de Iansã, cuja origem vem de Iyámésàn a mãe transformada em nove.
 
LENDA 4 
 
Ogum tem estreita relação com o número sete, o que é explicado por duas lendas iorubanas. Na primeira, ele aparece como o guerreiro - filho de Odudua, rei de Ifé - que conquista a cidade de Irê e assume o título de Oni (senhor ou rei). Em torno de Irê havia sete aldeias, hoje desaparecidas. Por essa razão, acreditava-se que Ogum fosse composto por sete partes, uma para cada aldeia conquistada. Em iorubano, sete é mejê, de onde resultou a expressão Ogum Mejê (O Ogum que são sete, ou o Ogum composto de sete partes). É a ele, portanto, que o ponto é dedicado.
A outra lenda fala do casamento entre Ogum e Oiá. Ogum tinha uma vara mágica, feita de ferro (metal que lhe está associado), que tinha a propriedade de dividir em sete partes os homens e em nove partes as mulheres que tocasse. Em sua oficina de ferreiro, Ogum confeccionou uma vara igual e deu-a de presente a Oiá. Algum tempo depois, porém, Oiá fugiu com Xangô e foi perseguida pelo furioso marido traído. Quando se encontraram, entraram em combate com suas varas mágicas, dividindo-se Ogum em sete parte e Oiá em nove. Por isso ela é chamada de Iansã, termo composto de duas palavras iorubanas: Iá ou Inhá (mãe) e messan (nove).

Oxóssi

SAODASAO: O QUE ARO

oxossi 

DIA: Quinta-feira

COR: Azul-Turquesa

SÍMBOLOS: Ofá (arco), Damatá (flecha), Erukeré

ELEMNTO: Terra (florestas e campos cultiváveis)

DOMÍNIOS: Caça, Agricultura, Alimentação e Fartura

SAUDAÇÃO: Òké Aro!!! Arolé!

Oxóssi (Òsóòsi) é o deus caçador, senhor da floresta e de todos os seres que nela habitam, orixá da fartura e da riqueza. Actualmente, o culto a Oxóssi está praticamente esquecido em África, mas é bastante difundido no Brasil, em cuba e em outras partes da América onde a cultura iorubá prevaleceu. Isso deve-se ao facto de a cidade de Kêtu, da qual era rei, ter sido destruída quase por completo em meados do século XVIII, e os seus habitantes, muitos consagrados a Oxossi, terem sido vendidos como escravos no Brasil e nas Antilhas. Esse facto possibilitou o renascimento de Kêtu, não como estado, mas como importante nação religiosa do Candomblé.

Oxóssi é o rei de Kêtu, segundo dizem, a origem da dinastia. A Oxóssi são conferidos os títulos de Alakétu, Rei, Senhor de Kêtu, e Oníìlé, o dono da Terra, pois em África cabia ao caçador descobrir o local ideal para instalar uma aldeia, tornando-se assim o primeiro ocupante do lugar, com autoridade sobre os futuros habitantes. É chamado de Olúaiyé ou Oni Aráaiyé, senhor da humanidade, que garante a fartura para os seus descendentes.


Na história da humanidade, Oxóssi cumpre um papel civilizador importante, pois na condição de caçador representa as formas mais arcaicas de sobrevivência humana, a própria busca incessante do homem por mecanismos que lhe possibilitem se sobressair no espaço da natureza e impor a sua marca no mundo desconhecido.

A colecta e a caça são formas primitivas de busca de alimento, são os domínios de Oxóssi, orixá que representa aquilo que há de mais antigo na existência humana: a luta pela sobrevivência. Oxóssi é o orixá da fartura e da alimentação, aquele que aprende a dominar os perigos da mata e vai em busca da caça para alimentar a tribo. Mais do que isso, Oxóssi representa o domínio da cultura (entendendo a flecha como utensílio cultural, visto que adquire significados sociais, mágicos, religiosos) sobre a natureza.

Astúcia, inteligência e cautela são os atributos de Oxóssi, pois, como revela a sua história, esse caçador possui uma única flecha, por tanto, não pode errar a presa, e jamais erra. Oxóssi é o melhor naquilo que faz, está permanentemente em busca da perfeição.

Em África, os caçadores que geralmente são os únicos na aldeia que possuem as armas, têm a função de salvar a tribo, são chamados de Oxô, que significa guardião e wúsí que significa popular, ouseja Osowusí e na expressão populara cabou virando Oxóssi. Oxóssi também foi um Òsó, mas foi um guardião especial, pois salvou seu povo do terrível pássaro das Iyá-Mi.

Outras histórias relacionadas com Oxóssi apontam-no como irmão de Ogum. Juntos, eles dominaram a floresta e levaram o homem à evolução. Além de irmão, Oxóssi é grande amigo de Ogum – dizem até que seria seu filho, e onde está Ogum deve estar Oxóssi, as suas forças completam-se e, unidas, são ainda mais imbatíveis.

Oxóssi mantém estreita ligação com Ossaim (Òsanyìn), com quem aprendeu o segredo das folhas e os mistérios da floresta, tornou-se um grande feiticeiro e senhor de todas as folhas, mas teve que se sujeitar aos encantamentos de Ossaim.

A história mostra Oxóssi como filho de Iemanjá, mas a sua verdadeira mãe, segundo o mais antigos, é Apaoká a jaqueira, que vem a ser uma das Iyá-Mi, por isso a intimidade de Oxóssi com essa árvore.

A rebeldia de Oxóssi é algo latente na sua história. Foi desobedecendo às interdições que Oxóssi se tornou orixá.

Tal como Xangô, Oxóssi é um orixá avesso à morte, porque é expressão da vida. A Oxóssi não importa o quanto se viva, desde que se viva intensamente. O frio de Ikú (a morte) não passa perto de Oxóssi, pois ele não acredita na morte.

Características dos filhos de Oxóssi

Os filhos de Oxóssi são pessoas de aparência calma, que podem manter a mesma expressão quando alegres ou aborrecidas, do tipo que não exterioriza as suas emoções, mas não são, de forma alguma, pessoas insensíveis, só preferem guardar os sentimentos para si.

São pessoas que podem parecer arrogantes e prepotentes, e às vezes são. Na realidade, os filhos de Oxóssi são desconfiados, cautelosos, inteligentes e atentos, seleccionam muito bem as amizades, pois possuem grande dificuldade em confiar nas pessoas. Apesar de não confiarem, são pessoas altamente confiáveis, das quais não se teme deslealdade; são incapazes de trair até um inimigo. Magoam-se com pequenas coisas e quando terminam uma amizade é para sempre.

São do tipo que ouve conselhos com atenção, respeita a opinião de todos, mas sempre faz o que quer. Com estratégia, acabam por fazer prevalecer a sua opinião e agradando a todos.

Altos e magros, os filhos de Oxóssi possuem facilidade para se mover, mesmo entre obstáculos. O seu andar possui leveza e elegância. A sua presença é sempre notada, mesmo que não façam nada para isso acontecer.

Os filhos de Oxóssi gostam de solidão, isolam-se, ficam à espreita, observam atentamente tudo que se passa à sua volta. Curiosos, percebem as coisas com rapidez, são introvertidos e discretos, vaidosos, distraídos e prestativos, comportamento típico de um caçador, provedor do seu povo.

 ossae

DIA: Quinta-feira.

CORES: Verde e Branco.

SÍMBOLOS: Haste ladeada por sete lanças com um pássaro no topo (árvore estilizada).

ELEMENTOS: Floresta e Plantas selvagens (Terra).

DOMÍNIOS: Medicina e Liturgia através das folhas.

SAUDAÇÃO: Ewé ó!

Kó si ewé, kó sí Òrìsà, ou seja, sem folhas não há orixá, elas são imprescindíveis aos rituais do Candomblé. Cada orixá possui suas próprias folhas, mas só Ossaim (Òsanyìn) conhece os seus segredos, só ele sabe as palavras (ofó) que despertam o seu poder, a sua força.

Ossaim desempenha uma função fundamental no Candomblé, visto que sem folhas, sem a sua presença, nenhuma cerimónia pode realizar-se, pois ele detém o axé que desperta o poder do ‘sangue’ verde das folhas.

Ossaim é o grande sacerdote das folhas, grande feiticeiro, que por meio das folhas pode realizar curas e milagres, pode trazer progresso e riqueza. È nas folhas que está à cura para todas as doenças, do corpo ou do espírito. Portanto, precisamos lutar por sua preservação, para que consequências desastrosas não atinjam os seres humanos.

A floresta é a casa de Ossaim, que divide com outros orixás do mato, como Ogum e Oxóssi, o seu território por excelência, onde as folhas crescem em seu estado puro, selvagem, sem a interferência do homem; é também o território do medo, do desconhecido, motivo pelo qual nenhum caçador deve penetrar na floresta na mata sem deixar na entrada alguma oferenda, como alho, fumo ou bebida. Medo de que? Medo dos encantamentos da floresta, medo do poder de Ogum, de Oxóssi, de Ossaim; respeito pelas forças vivas da natureza, que não permitem a pessoas impuras ou mal-intencionadas penetrar em sua morada. Se nela entrarem, talvez jamais encontrem o caminho de volta.

Ossaim teria um auxiliar que se responsabilizaria por causar o terror em pessoas que entram na floresta sem a devida permissão. Aroni seria um misterioso anãozinho perneta que fuma cachimbo (figura bastante próxima ao Saci-Pererê), possui um olho pequeno e o outro grande (vê com o menor) e tem uma orelha pequena e a outra grande(ouve com a menor). Muitas vezes Aroni é confundido com o próprio Ossaim, que, segundo dizem, também possui uma única perna. Não se pode por isso confundir Ossaim com o Saci-Pererê, que é um personagem do folclore brasileiro. Ossaim é orixá de grande fundamento, que possui uma só perna porque a árvore, base de todas as folha possui um só tronco.

De acordo com a história desse orixá, há uma rivalidade entre Ossaim e Orunmilá, que reflecte, na verdade, a antiga disputa entre os Oníìsegùn – mestres em medicina natural que dominavam o poder das folhas – e os Babalawó – sacerdotes versados nos profundos mistérios do cosmo e do destino dos seres, os pais do segredo.

Ossaim é um orixá originário da região de Iraó, na Nigéria, muito próxima com a fronteira com o antigo Daomé. Não faz parte, como muitos pensam, do panteão Jeje assimilado pelos Nagô, como Nana, Omolú, Oxumaré e Ewá. Ossaim é um deus originário da etnia Ioruba. Contudo, é evidente que entre os Jeje havia um deus responsável pelas folhas, e Ágüe é o seu nome, por isso Ossaim dança bravun e sató, a exemplo dos deuses do antigo Daomé.

Uma confusão latente refere-se ao sexo de Ossaim; é preciso esclarecer que se trata de um orixá do sexo masculino. Entretanto, como feiticeiro e estudioso das plantas, não teve tempo de relacionamentos amorosos. Sabe-se que foi parceiro de Iansã, mas o controvertido relacionamento com Oxóssi, que ninguém pode afirmar se foi ou não amoroso, é o mais comentado.

Na verdade, Ossaim e Oxóssi possuem inúmeras afinidades: ambos são orixás do mesmo espaço, da floresta, do mato, das folhas, grandes feiticeiros e conhecedores dos segredos da mata, da Terra.

Características dos filhos de Ossaim

Os filhos de Ossaim são pessoas extremamente equilibradas e cautelosas, que não permitem que as suas simpatias ou antipatias interfiram nas suas opiniões sobre os outros. Controlam perfeitamente os seus sentimentos e emoções. Possuem grande capacidade de discernimento e são frios e racionais nas suas decisões.

São pessoas extremamente reservadas, não se metem em questões que não lhe dizem respeito. Participam em poucas actividades sociais, preferindo o isolamento. Elas evitam falar sobre a sua vida, sobre o seu passado, preferem manter certa aura de mistério. Geralmente, não têm nada de mais a esconder, mas desejam manter reserva.

Pressa e ansiedade não fazem parte das suas características, pois são pessoas dadas aos detalhes e caprichosas no cumprimento das suas tarefas. Possuem gosto por actividades artesanais que exigem isolamento e paciência; não gostam de ter chefe nem subalternos, não se prendem a horários, apreciam a independência para fazer o que gostam na hora que querem. São pessoas fascinadas com as regras e tradições, adoram questioná-las. Possuem um gosto exacerbado pela religiosidade.

YASSAN


 
Oiá ou Iansã dirige o vento, as tempestades e a sensualidade feminina. 
É a senhora do raio e soberana dos espíritos dos mortos,  que encaminha para o outro mundo.
Correspondência com os santos católicos:  Santa Bárbara.
VEJA ESTA LENDA 01
Um rei tinha uma filha chamada Ala. Ele queria casá-la com um príncipe poderoso. No entanto, a princesa já tinha um amante e do amante ela esperava um filho. Sabedor do fato, o rei resolveu matá-la. Numa barca, levou a princesa até o meio do rio, do rio onde vivia Oxum. Jogou a princesa no meio do rio, a casa de Oxum. O rei tinha um papagaio que o acompanhava sempre. O papagaio tudo presenciou.
Tempos depois, alguns pescadores viram uma caixa boiando no rio. Foram ver de perto e dentro tinha uma criança Assustaram-se com o que viram. Temerosos, abandonaram o seu achado  na margem do rio. Pelo mesmo lugar passou outra embarcação e seus ocupantes foram atraídos pelo choro da criança. Os viajantes acabaram recolhendo a criança e a levaram a presença do rei.
O rei ficou feliz com o presente e resolveu apresentar a criança  ao povo como sendo filha sua. Ele sentia falta da filha que afogara, sentia-se sozinho.
deu uma festa para apresentar a nova filha que adotara. Quando todos estavam reunidos o papagaio contou-lhes acerca  de todo o sucedido. Disse que a menina havia nascido na casa de Oxum. Portanto, deveriam devolvê-la ao rio. O rei então se deu conta de que a menina era sua neta e devolveu-a ao rio onde nascera.
A criança cresceu protegida por Oxum.ESTA MENINA ERA YANSÃ
 
LENDA 02
Oiá desejava ter filhos, mas não podia conceber.
Oiá foi consultar um babalaô e ele mandou que ela fizesse um ebó.
Ela deveria oferecer um carneiro, um agutã, muitos búzios e muitas roupas coloridas.
Oiá fez o sacrifício e teve nove filhos.
Quando ela passava, indo em direção ao mercado,  o povo dizia:
"Lá vai Iansã".
Lá ia Iansã, que quer dizer mãe nove vezes.
E lá ia ela orgulhosa ao mercado vender azeite-de-dendê.
Em sinal de respeito, por ter seu pedido atendido,
Iansã, a mãe de nove filhos, nunca mais comeu carneiro
LENDA - 03
 
MAIS UMA LENDA de Iansã
A história de Iansã Oiá, literalmente, "aquela que rasga", e que eu reconto aqui :
Iansã Oiá tinha um pai adotivo e vivia com ele na mata. Ele era o maior de todos os caçadores.Um dia, morreu e deixou Oiá muito triste.
Ela decidiu que queria fazer uma homenagem para o pai.Embrulhou seus pertences de caça num pano, preparou suas iguarias favoritas.E dançou e cantou por sete dias, espalhando seu vento por toda parte e fazendo vir todos os caçadores da terra.
Na sétima noite, embrenhou-se na mata e depositou ao pé de uma árvore sagrada os pertences de seu pai.Olorum, que sempre vê tudo, ficou comovido.
Fez da jovem Iansã guia dos mortos no caminho sagrado, Orum Aiê e mãe dos espaços dos espíritos.
Fez de seu pai, Odulecê, um orixá.E do gesto de Oiá, o ritual ao qual todos os mortos têm direito: comidas, cantos, danças e um espaço sagrado...
Iansã teve muitos homens e de cada um ganhou uma coisa importante:
De Ogum, o ferreiro divino, ganhou nove filhos e o direito de usar a espada para defender-se e defender os outros;
De Oxaguiã, o jovem construtor, ganhou um escudo para proteger-se dos inimigos;
De Exu, o mensageiro, ganhou o direito de usar a magia e o poder do fogo para realizar desejos;
De Oxóssi, o caçador, ganhou o saber da caça para alimentar seus filhos;
De Logun Edé, o senhor das matas, ganhou o direito de tirar das cachoeiras os frutos d' água para seus filhos;
Com Xangô, o juiz, viveu o resto da vida e ganhou dele o poder do encantamento, o posto da justiça e o domínio dos raios.
Um dia, houve uma festa, todos os orixás estavam presentes.
Omulu-Obaluaê, o temido orixá das doenças, chegou vestido de palha. Ninguém o reconheceu e nenhuma mulher quis dançar com ele.
Mas eis que, de repente, Oiá-Iansã entra na roda e atrave-se a dançar com o Senhor da Terra.E tanto girava que levantou o vento, e o vento descobriu a palha de Omulu.
Todos puderam ver o quanto ele era belo.E o reverenciaram.Ele ficou tão grato que fez de Oiá a rainha dos espíritos dos mortos, Oiá Igbalé, a condutora dos eguns, os espíritos dos mortos).E ela dançou de alegria a sua dança que convoca o vento.
As filhas de Iansã devem ser assim, apaixonadas, amantes dos temporais, amazonas de ventanias.

Oxum

 

oxum

Dia: Sábado

Cores: Amarelo – Ouro

Símbolo: Leque com espelho (Abebé)

Elemento: Água Doce (Rios, Cachoeiras, Nascentes, Lagoas)

Domínios: Amor, Riqueza, Fecundidade, Gestação e Maternidade

Saudação: Òóré Yéyé ó!

Na Nigéria, mais precisamente em Ijesá, Ijebu e Osogbó, corre calmamente o rio Oxum, a morada da mais bela Iyabá, a rainha de todas as riquezas, a protectora das crianças, a mãe da doçura e da benevolência.

Generosa e digna, Oxum é a rainha de todos os rios e cachoeiras. Vaidosa, é a mais importante entre as mulheres da cidade, a Ialodê. É a dona da fecundidade das mulheres, a dona do grande poder feminino.

Oxum é a deusa mais bela e mais sensual do Candomblé. É a própria vaidade, dengosa e formosa, paciente e bondosa, mãe que amamenta e ama. Um de seus oriquis, visto com mais atenção, revela o zelo de Oxum com seus filhos:

O primeiro filho de Oxum chama-se Ide, é uma verdadeira jóia, uma argola de cobre que todos os iniciados de Oxum devem colocar nos seus braços.

Oxum não vê defeitos nos seus filhos, não vê sujidade. Os seus filhos, para ela, são verdadeiras jóias, e ela só consegue ver seu brilho.

É por isso que Oxum é a mãe das crianças, seres inocentes e sem maldade, zelando por elas desde o ventre até que adquiram a sua independência.

Seus filhos, melhor, as suas jóias, são a sua maior riqueza.

Características dos filhos de Oxum

Dão muito valor à opinião pública, fazem qualquer coisa para não chocá-la, preferindo contornar as suas diferenças com habilidade e diplomacia. São obstinadas na procura dos seus objectivos.

Oxum é o arquétipo daqueles que agem com estratégia, que jamais esquecem as suas finalidades; atrás da sua imagem doce esconde-se uma forte determinação e um grande desejo de ascensão social.

Têm uma certa tendência para engordar, a imagem do gordinho risonho e bem-humorado combina com eles. Gostam de festas, vida social e de outros prazeres que a vida lhes possa oferecer. Tendem a uma vida sexual intensa, mas com muita discrição, pois detestam escândalos.

Não se desesperam por paixões impossíveis, por mais que gostem de uma pessoa, o seu amor-próprio é muito maior. Eles são narcisistas demais para gostar muito de alguém.

Graça, vaidade, elegância, uma certa preguiça, charme e beleza definem os filhos de Oxum, que gostam de jóias, perfumes, roupas vistosas e de tudo que é bom e caro.

O lado espiritual dos filhos de Oxum é bastante aguçado. Talvez por isso, algumas das maiores Yalorixás da história do Candomblé, tenham sido ou sejam de Oxum.